O que é bom para enxaqueca? De remédio a repouso, confira dicas para aliviar o transtorno

Cerca de 16% da população brasileira passa por crises intensas de enxaqueca, sendo em sua maioria mulheres na faixa entre os 30 e 50 anos. 1 Este tipo de cefaleia desestabiliza o paciente por um período que varia entre 4 e 72 horas, provocando dores intensas, latejantes e unilaterais.1 2 Para te ajudar a lidar melhor com esse problema, separamos algumas dicas sobre o que é bom para enxaqueca. Confira!

Medicamentos ajudam a aliviar os sintomas da enxaqueca

Isolados ou em conjunto, os medicamentos surgem como forma de aliviar os sintomas da enxaqueca. Os analgésicos e os anti-inflamatórios não esteroides são medicações que amenizam o sofrimento. Podem ser citados como exemplos o ácido acetilsalicílico, o ibuprofeno, o naproxeno sódico, além de remédios associados à cafeína, cuja função é aumentar a velocidade do efeito.3

Como náuseas e vômitos estão entre os possíveis sintomas da enxaqueca, os anticonvulsivantes também podem ser usados. Eles são opções com eficácia preventiva e são capazes de reduzir em até 50% o número de crises ou de dias com enxaqueca em aproximadamente metade dos pacientes. Mas vale a ressalva de que o uso é limitado por conta das reações adversas e que qualquer medicamento deve ser utilizado com prescrição médica.3

Botox serve como um remédio para enxaqueca? Entenda

Em muitos casos, o uso da toxina botulínica, ou botox, como um remédio para enxaqueca é uma alternativa para pacientes que não tiveram o resultado esperado com outras opções terapêuticas.4 Na maioria dos casos, a aplicação de botox foi capaz de promover uma melhoria na qualidade de vida dos indivíduos afetados pelos sintomas da enxaqueca.2

Em sua composição química, a toxina botulínica inibe a liberação de um neurotransmissor produzido no sistema nervoso através da clivagem de proteínas. Isso significa dizer que, como a enxaqueca surge por estímulos nervosos e dilata os vasos sanguíneos, a injeção paralisa essas contrações do músculo para reduzir a dor.4

É possível atenuar as dores sem medicamentos?

Em 25% dos casos, o uso de um remédio para enxaqueca não é necessário, desde que os fatores que levam ao problema sejam identificados e removidos. Além disso, a sensibilidade à luz pode diminuir com o repouso em um quarto escuro e silencioso, assim como a acupuntura e a laserterapia servem para amenizar a frequência das crises mensais com apenas três intervenções.3

E por que não cortar a ingestão de algumas guloseimas? Deixar de ingerir alimentos desencadeantes faz toda a diferença. Elimine ou reduza o consumo de vinho tinto e de outras bebidas alcoólicas, além de chocolate, queijo, embutidos e alimentos ricos em glutamato de sódio e nitritos.3

Vale lembrar também dos exercícios físicos. A prática diária de esportes combate a agressividade provocada pela enxaqueca, além de dar tranquilidade, relaxamento e melhorar o humor, fatores fundamentais para uma maior qualidade de vida.2

Embora essas dicas ajudem a minimizar os casos de enxaqueca, é essencial receber o diagnóstico completo feito por um especialista. Em sua avaliação, ele irá recomendar o tratamento correto para aliviar a intensidade da dor.

Você sabia?

A enxaqueca pode afetar gravemente sua qualidade de vida e impedi-lo de realizar suas atividades diárias normais.6

Algumas pessoas acham que precisam ficar na cama por dias seguidos, mas vários tratamentos eficazes estão disponíveis para reduzir os sintomas e evitar novas crises de enxaqueca. Converse com o seu médico.6

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    1. Speciali JG, Kowacs F, Jurno ME, Bruscky IS, de Carvalho JJF, Fantini FGMM, et al. Protocolo nacional para diagnóstico e manejo das cefaleias nas unidades de urgência do Brasil - 2018. Academia Brasileira de Neurologia – Departamento Científico de Cefaleia Sociedade Brasileira de Cefaleia. Consultado em 22/02/2021
    2. Stefane T, Napoleão AA, Sousa FAEF, Hortense P . Influência de tratamentos para enxaqueca na qualidade de vida: revisão integrativa de literatura. Revista Brasileira de Enfermagem. Mar/abr 2012; 65(2): 353-360. Consultado em 22/02/2021
    3. Wannmacher L, Ferreira MBC. Enxaqueca: mal antigo com roupagem nova. Ministério da Saúde. 2004; 1(8):1-6. Consultado em 22/02/2021
    4. Menezes C, Rodrigues B, Magalhães E, Melo A. Botulinum toxin type A in refractory chronic migraine: An open-label trial. Arquivos de Neuro-Psiquiatria. 2007; 65(3-A): 596-598. Consultado em 22/02/2021

    Atualização do site: Janeiro/2022