A dor de cabeça tensional é a mais prevalente entre os tipos de dor de cabeça . Ela pode serfrequente ou crônica, causando grande sofrimento aos indivíduos afetados. Apesar disso, quem sofre com os sintomas da cefaleia tensional quase nunca busca ajuda médica.1 Confira neste artigo as principais informações sobre a variação mais comum de dor de cabeça!
Os sintomas associados a esse tipo de dor de cabeça são dores bilaterais de intensidade leve a moderada, sensação de pressão na cabeça e sensibilidade à luz e sons. Náuses, por outro lado, quase sempre estão ausentes. Além disso, as cefaleias do tipo tensional não costumam piorar com atividades físicas de rotina.1
Dependendo da frequência, as dores de cabeça tensionais podem ser crônicas ou episódicas. Apesar de ter as mesmas características clínicas que as cefaleias episódicas, o tipo crônico aparece por mais de 15 dias a cada mês por pelo menos um trimestre. Já as episódicas podem ser frequentes, se surgirem por mais de 12 dias a cada ano, ou pouco frequentes, se a manifestação dos sintomas não exceder 12 dias por ano.
A cefaleia tensional crônica atinge predominantemente populações com menores níveis educacionais e é mais comum entre as mulheres. Outra particularidade é que os sintomas podem evoluir com a idade. Por outro lado, a dor de cabeça tensional episódica tem maior prevalência em indivíduos com grau de escolaridade mais elevado, mas ainda acomete mais mulheres do que homens. Geralmente, os episódios de dor de cabeça ocorrem entre os 20 e 50 anos de idade, evoluindo para quadros de dor de cabeça forte na quarta década e diminuindo com o tempo.
Fatores relacionados à origem da dorApesar da causa exata da cefaleia tensional permanecer indefinida, estudos associam tensão muscular à origem desse tipo de dor de cabeça. A hipótese mais aceita diz que estímulos estressores ambientais ou psicológicos geram a contração muscular, provocando episódios de dor.1 No entanto, pesquisas posteriores concluíram que essa causa representa apenas alguns casos de dor de cabeça tensional.2
Outro fator que poderia aumentar a predisposição para episódios de cefaleia são os baixos níveis de endorfina. Indivíduos com esse desnível hormonal estariam mais vulneráveis a estímulos de dor que normalmente não causam desconforto. Jáem relação à dor de cabeça tensional crônica, pressupõe-se que indivíduos que sofrem com esses sintomas recorrentemente tenham uma sensibilidade neuronal exagerada, com estruturas no crânio que facilitem a percepção da dor.2
Como é feito o tratamento da cefaleia tensionalOs tratamentos adotados podem ser farmacológicos ou não farmacológicos. Na tentativa de aliviar as crises, medicamentos analgésicos são frequentemente utilizados, pois atuam na inibição da dor. Além deles, os anti-inflamatórios também são usados no manejo da dor e os antidepressivos como forma de prevenção ao problema.2Vale lembrar que o uso de qualquer medicação deve ser feito após a prescrição de um médico.
As medidas não farmacológicas incluem psicoterapia cognitiva, intervenções fisioterápicas e um conjunto de técnicas que ajudam os pacientes a controlar as respostas físicas do organismo, o biofeedback. Um acompanhamento psiquiátrico para investigar se a origem das dores de cabeça tem relação com transtornos emocionais é essencial.2
Quais são os gatilhos da dor de cabeça tensional?A identificação de gatilhos é uma estratégia usada para obter um tratamento eficaz para cefaleias tensionais. Alguns frequentemente relatados pelos pacientes são menstruação, estresse, sono inadequado, questões psicológicas e comportamentais, cansaço, consumo de álcool e alimentação inapropriada.3
Em um estudo observacional sobre potenciais gatilhos, os fatores psicológicos (principalmente o estresse) foram apontados como os principais causadores de episódios de dor de cabeça. Há também algumas evidências de que pular refeições e ficar desidratado podem tornar a dor de cabeça frequente.3 O glutamato de sódio, substância encontrada em alguns alimentos processados, também pode causar cefaleia se consumido em excesso ou com o estômago vazio.3 4
O emocional do paciente pode afetar o tratamento da dor de cabeçaA Associação Internacional para o Estudo da Dor considera a dor como “uma experiência sensorial e emocional desagradável”. Nesse sentido, o paciente com cefaleia crônica pode se beneficiar de um acompanhamento psicológico. Isso porque para o manejo das dores de cabeça, algumas questões psicológicas e comportamentais devem ser consideradas mesmo quando um psicólogo não estiver diretamente envolvido.5
Essas questões incluem a disposição do paciente para gerenciar a dor de cabeça, bem como a crença de que suas atitudes podem influenciar no sucesso do tratamento. Além disso, o indivíduo deve seguir as recomendações médicas para adesão aos medicamentos e identificação de gatilhos.5
A adesão à medicação é um desafio para o tratamento da dor de cabeça crônica: estima-se que apenas metade dos pacientes siga as orientações clínicas de medicamentos e tratamentos não farmacológicos. Alguns fatores que podem colaborar com esse cenário são a falta de colaboração entre o profissional e o paciente, efeitos colaterais contínuos da medicação e problemas emocionais.5
A incidência de doenças psiquiátricas em pacientes com cefaleia crônicaA razão mais comum pela qual um médico inclui um psicólogo no tratamento da dor de cabeça tensional crônica é a presença de comorbidades psiquiátricas. Doenças como depressão e ansiedade afetam mais pacientes com cefaleia do que indivíduos que não apresentam essa condição. Pesquisas apontam que 50% ou mais das pessoas com dor de cabeça crônica podem estar sofrendo com depressão e de 25% a 30% com síndrome do pânico.5
A ansiedade e a depressão estão associadas à dor de cabeça forte, incapacitação dos indivíduos afetados, redução da adesão ao tratamento prescrito e menor capacidade do controle da dor. Por isso, sempre que um paciente com dor de cabeça tensional crônica apresentar sintomas relacionados a essas doenças, ele deve ser encaminhado para a psicoterapia.5
A enxaqueca pode afetar gravemente sua qualidade de vida e impedi-lo de
realizar suas atividades diárias normais.6
Algumas pessoas acham que precisam ficar na cama por dias seguidos, mas vários tratamentos
eficazes estão disponíveis para reduzir os sintomas e evitar novas crises de enxaqueca.
Converse com o seu médico.6
Referências:
Atualização do site: Janeiro/2022
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