Você já experienciou uma dor de cabeça após transar? Se sim, é provável que tenha se perguntado por que isso ocorre. Pode ser um caso de cefaleia orgástica, ou pré-orgástica, um termo que já foi usado para designar o que hoje se denomina como cefaleia primária associada à atividade sexual1,2. É considerada um tipo raro de dor de cabeça, que ocorre apenas durante ou após a atividade sexual2.

O termo “primária” é usado por se tratar de um tipo de dor de cabeça que não é causada por outra condição ou distúrbio. A cefaleia orgástica pode ter características semelhantes às da enxaqueca2, e talvez por isso, nos buscadores, é possível encontrar pessoas procurando por "enxaqueca orgástica".

Esse tipo de dor de cabeça pode acontecer com qualquer um em idade sexualmente ativa, sendo mais comum em homens do que em mulheres2.

Já começamos a explorar a dor de cabeça após o sexo, então continue lendo para conhecer os sintomas da cefaleia orgástica, saber como evitá-la e também ver o tratamento para essa condição.

O que é cefaleia orgástica?

Para responder essa questão, é importante entender que a cefaleia orgástica já sofreu alterações de classificação pela Classificação Internacional das Cefaleias. Os termos, considerados subtipos, “cefaleia pré-orgástica” e “cefaleia orgástica” foram incluídos em versões anteriores da publicação, mas estudos clínicos têm sido incapazes de distinguir os dois tipos, colocando-os em uma única categoria1.

Leia mais: Como evitar enxaqueca? Veja dicas simples!

A classificação anterior entendia os seguintes subtipos da seguinte forma:

  • dor de cabeça pré-orgástica: classicamente descrita como uma dor “surda”, geralmente de pressão na região da nuca, que aparece durante a atividade sexual e aumenta com o aumento da excitação sexual2;
  • dor de cabeça orgástica: classicamente descrita como uma dor de cabeça súbita e explosiva, algo forte e latejante que ocorre pouco antes ou no momento do orgasmo2.

Hoje, porém, apenas o termo “cefaleia primária associada à atividade sexual” é usado, sendo a condição considerada uma entidade única, mas com formas diferentes de se apresentar1.

Principais sintomas da cefaleia orgástica

Detalhe de homem de costas, tocando a nuca com a mão, em um local normalmente afetado pela cefaleia orgástica

A atual classificação da cefaleia orgástica a define como uma dor de cabeça que ocorre independentemente do tipo de atividade sexual, na maioria dos casos não sendo acompanhada por sintomas como alteração da consciência, vômitos, sintomas visuais, sensoriais, motores ou vegetativos1,3.

A dor da cefaleia orgástica é bilateral em dois terços dos casos e unilateral em um terço dos casos. Ela pode ser difusa (ou seja, que se espalha por várias direções), mas em 80% dos casos é ou situada na nuca1.

Normalmente, os sintomas desse tipo de condição que mais se destacam para um diagnóstico incluem uma dor de cabeça1:

  • provocada por e ocorrendo apenas durante a atividade sexual1;
  • com aumento da intensidade paralelo ao aumento da excitação sexual1 (é um tipo de dor de cabeça que geralmente começa durante a relação sexual, tornando-se subitamente intensa no orgasmo4);
  • de intensidade explosiva e abrupta logo antes ou no momento do orgasmo1;
  • que dura de um minuto a 24 horas com intensidade forte e/ou até 72 horas com intensidade fraca1.

Vale destacar que a cefaleia orgástica também pode ser a dor de cabeça ao se masturbar. Ou seja, ela não surge apenas durante a relação sexual ou orgasmo com outra pessoa, pode ocorrer também durante a masturbação3.

E mais uma curiosidade: as dores de cabeça relacionadas à atividade sexual são imprevisíveis e não acontecem necessariamente em todas as relações sexuais5.

Dá para evitar uma cefaleia orgástica?

Para saber como evitar a cefaleia orgástica, é importante destacar que as suas causas são desconhecidas e os mecanismos que levam ao desenvolvimento dos sintomas são considerados, em grande parte, especulativos5.

Uma proposta é que as dores de cabeça pré-orgásticas surgem da contração excessiva dos músculos do pescoço e da mandíbula durante a atividade sexual. Assim, poderiam ser evitadas pelo relaxamento consciente desses músculos durante a relação sexual5.

O grande esforço físico associado à atividade sexual também pode ser um dos fatores que precipitam uma dor de cabeça por esforço em pessoas predispostas, tendo uma possível relação com uma dor de cabeça após sexo5.

Existe tratamento específico para cefaleia orgástica?

Mulher sentada na cama, com a mão direita na têmpora e com expressão facial que mostra dor, enquanto homem está dormindo.

A cefaleia orgástica geralmente passa em poucos minutos ou algumas horas. Porém, em alguns casos, é indicado buscar ajuda médica, como quando3:

  • a dor de cabeça é muito intensa ou surge de forma frequente3;
  • a dor de cabeça não cessa com analgésicos e não melhora com uma boa noite de sono3;
  • a dor de cabeça acaba gerando uma enxaqueca, que se manifesta com dor intensa localizada numa outra parte da cabeça que não seja a nuca3.

De forma geral, o tratamento para cefaleia orgástica é feito com o uso de analgésicos. Além disso, um neurologista pode receitar remédios usados contra enxaqueca para prevenir o surgimento da dor nos casos de cefaleia frequentes. Uma compressa fria na nuca também pode ser usada para aliviar o desconforto3.

Adquirir bons hábitos de vida também ajuda no tratamento da dor de cabeça após o sexo, incluindo dormir o suficiente e descansar de forma adequada, fazer exercícios de forma regular e se alimentar bem3.

Cefaleia orgástica pode ser fatal?

Será que ter cefaleia orgástica é perigoso? É importante destacar que pessoas com dor de cabeça após sexo ou que suspeitem de cefaleia orgástica devem ser avaliadas por um médico para excluir condições mais graves, tais como2:

  • hemorragia subaracnoidea (uma região interna do cérebro)2;
  • dissecção arterial (uma ruptura de uma artéria)2;
  • síndrome de vasoconstrição cerebral reversível (uma cefaleia de início súbito)2.

As três condições podem ser fatais e, por isso, requerem atenção médica imediata6,7,8. Após diagnóstico médico excluindo condições graves, daí pode ser firmado o diagnóstico de uma síndrome de cefaleia sexual benigna, ou seja, sem riscos graves considerados5.

Antes de ir, fica o nosso recadinho de sempre: não ignore suas dores e nem deixe os incômodos - os mais corriqueiros ou os mais diferentes – atrapalharem seu dia a dia. Procure ajuda médica, cuide da sua saúde e navegue pelos conteúdos de Dorflex® para saber mais sobre dores no corpo e dores de cabeça.

Janeiro/2024. MAT-BR-2400762

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Referências:

[1] Kowacs F., Macedo D., Silva-Néto R. Classificação Internacional das Cefaleias. Comitê de Classificação das Cefaleias da Sociedade Internacional de Cefaleia. Disponível em: https://ihs-headache.org/wp-content/uploads/2021/03/ICHD-3-Brazilian-Portuguese.pdf. Acesso em 02 de janeiro de 2024.

[2] American Migraine Foundation. Primary headache associated with sexual activity (orgasmic and pre-orgasmic headache). Disponível em: https://americanmigrainefoundation.org/resource-library/orgasmic-pre-orgasmic-headache/. Acesso em 02 de janeiro de 2024.

[3] Sociedade Brasileira de Cefaleia. Cefaleia associada à atividade sexual. Disponível em: https://www.sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=342. Acesso em 02 de janeiro de 2024.

[4] Utku U. Primary Headache Associated with Sexual Activity: Case Report. National Library of Medicine. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5586787/. Acesso em 02 de janeiro de 2024.

[5] Cutrer F. Primary headache associated with sexual activity. UpToDate. Disponível em: https://medilib.ir/uptodate/show/3362. Acesso em 02 de janeiro de 2024.

[6] Tercato C., Pereira S., Ghizoni M. Hemorragia subaracnoide. Arquivos Catarinenses de Medicina. Disponível em: https://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/373.pdf. Acesso em 02 de janeiro de 2024.

[7] Rodrigues D. Dissecção de Aorta: Riscos, Sintomas, Diagnóstico e Tratamentos. Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular. Disponível em: https://iacv.med.br/disseccao-de-aorta/f. Acesso em 02 de janeiro de 2024.

[8] Rodrigues T., Loureiro R., Samões R. et al. Síndrome de Vasoconstrição Cerebral Reversível: Uma Causa Importante de Acidentes Vasculares Cerebrais no Puerpério. Acta Médica Portuguesa Disponível em: https://www.actamedicaportuguesa.com/info/ahead_of_print/4923_AOP_RFM.pdf. Acesso em 02 de janeiro de 2024.

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