Dor de cabeça não é uma coisa só. Na verdade, existem diversos tipos de dor de cabeça, que se diferenciam na maneira em que o incômodo se manifesta e também no tratamento recomendado. É por isso que o diagnóstico correto é tão importante1.

Mas antes de perguntar qual é o melhor remédio para dor de cabeça, é preciso identificar em qual classificação a dor que você sente se encaixa. Aí sim, é possível buscar o tratamento adequado para seu tipo de cefaleia.

Siga a leitura e entenda melhor sobre os tipos de dor de cabeça, suas características e seus respectivos cuidados!

O que é dor de cabeça?

A dor de cabeça - como é popularmente chamada a cefaleia - é um dos distúrbios mais comuns do sistema nervoso2 e uma das principais queixas ouvidas nos consultórios médicos1.

A cefaleia é definida como uma sensação de desconforto ou dor localizada nas regiões do crânio1. E a forma como a dor se apresenta pode variar, sendo em alguns momentos pulsante e, em outros casos, mais constante, variando a intensidade. Pode ser unilateral, nas têmporas ou em ambos os lados da cabeça3. Tudo vai depender do tipo de dor de cabeça em questão.

A dor de cabeça é, antes de tudo, um sintoma. Pode ser sinal de algo simples (como um resfriado, por exemplo), ou estar presente em casos bem mais complexos4.

Muitas vezes não é dada a devida importância para a dor de cabeça, e diversos casos acabam sendo subdiagnosticados e não recebendo o tratamento correto. E isso é em escala global2.

Como destaca a Sociedade Brasileira de Cefaleia, ter dor de cabeça até pode ser algo comum, porém não é normal4. Ou seja, é importante entender o que é cada cefaleia, quais as suas características e, então, seguir com o melhor tratamento e, se for o caso, optar pelo melhor remédio para dor de cabeça. Diferentes tipos de dores de cabeça pedem diferentes condutas.

Os principais tipos de dor de cabeça

Você sabia que existem mais de 150 tipos de dores de cabeça diferentes por aí3? É cefaleia que não acaba mais! Tudo isso está dividido em dois grandes grupos: o das cefaleias primárias, que não são causadas por outras doenças, e o das secundárias, que são sintomas de outras patologias1-3.

Ainda há mais uma classificação importante: de acordo com a frequência e a duração do incômodo1. São três perfis:

  • agudo, que evolui em horas1;
  • subagudo e progressivo, que evolui em semanas1;
  • crônico, que evolui em meses e anos1.

A cefaleia crônica também pode ser subdividida em episódica/intermitente, ou seja, que apresenta algumas interrupções, ou em contínua, sem intervalos livres de dor1.

Entretanto, a questão aqui é entender quais os tipos de dor de cabeça mais comuns, certo? Dentre aquelas mais de 150 variações, quais as mais vistas nos consultórios e no nosso dia a dia? Para facilitar, vamos por partes…

Cefaleias primárias mais comuns

Quando fazemos o recorte para as cefaleias primárias, as dores de cabeça mais "populares" são aquelas do tipo tensional e a enxaqueca4. Podemos incluir nessa lista também a cefaleia crônica diária2,3.

De acordo com dados publicados em 2016 pela Sociedade Brasileira de Cefaleia, obtidos a partir de um estudo feito com mais de 3.800 participantes, teríamos o seguinte cenário no Brasil:

  • 15,2% da população sofre com enxaqueca5;
  • 13% encaram a cefaleia tensional5;
  • 6,9% convivem com a cefaleia crônica diária5.

Vamos aos detalhes de cada um desses tipos de dor de cabeça.

Dor de cabeça tensional

Trata-se do tipo de dor de cabeça mais frequente no mundo2,3. A dor de cabeça tensional, ou cefaleia tensional, é sentida em forma de pressão ou aperto6.

O incômodo pode afetar os dois lados da cabeça (bilateral), ou somente a parte da frente ou de trás3. A intensidade é variável e, geralmente, não piora com esforço3, diferente dos casos de enxaqueca6, como veremos mais adiante.

A dor de cabeça tensional está comumente relacionada ao estresse e outras manifestações emocionais. Ela acontece quando há tensão muscular e diminuição dos níveis de serotonina6.

Saiba mais sobre as características da dor de cabeça tensional e o que fazer para evitá-la.

Enxaqueca

Já a enxaqueca é uma dor geralmente unilateral, pulsante, que pode ser de moderada a intensa (até incapacitante, em alguns casos), com crises que duram de quatro a 72 horas3,6.

Quem tem enxaqueca pode apresentar náuseas, vômitos, não conseguir ficar em ambientes com luzes intensas ou barulhos fortes (fotofobia e fonofobia)6.

Esse é um tipo de dor de cabeça primária que possui um importante fator genético. A enxaqueca costuma se manifestar logo nos primeiros anos de vida, entre a infância e o começo da vida adulta, e acomete cerca de 12% da população brasileira, sendo a maioria mulheres6.

Além da genética, para que a crise de enxaqueca apareça, é preciso ter a presença de fatores desencadeantes (os fatores ambientais)6. Aí vão alguns exemplos:

  • problemas emocionais (ansiedade ou depressão)6;
  • modificação do ciclo vigília-sono (excesso - ou privação do sono)6;
  • ingestão de bebidas alcoólicas (particularmente de vinho tinto)6;
  • ingestão de determinados alimentos (chocolate, certos tipos de queijos defumados)6;
  • jejum prolongado6;
  • exposição a odores fortes e penetrantes ou a estímulos luminosos intensos ou contínuos6.

Ainda há casos em que a pessoa tem enxaqueca e encara também sintomas neurológicos. Aqui temos a enxaqueca com aura, mais um dos tipos de dor de cabeça, que representa entre 10 e 15% de todas as enxaquecas6.

Nesse quadro, além da dor, as manifestações são principalmente visuais. A visão pode ficar embaçada, com pontos pretos (como uma espécie de “mosquitos na visão”), a pessoa pode ter a sensação de ver flashes, de olhar através da água, ou ainda ter a visão confusa, em “ziguezague”. Pode ocorrer até mesmo a perda de visão momentânea em algum ponto específico6.

Ainda podem estar presentes em quadros de enxaqueca com aura formigamentos, vertigens, sentir cheiros estranhos e até percepções distorcidas do seu próprio corpo6.

Leia mais sobre os sintomas, as causas e como lidar com a enxaqueca

Cefaleia crônica diária

Uma evolução grave da enxaqueca é a cefaleia crônica diária. Ela combina características da dor de cabeça tensional e da enxaqueca, com crises diárias ou quase diárias6.

Cerca de 35% a 45% dos pacientes que procuram ajuda médica para tratar dor de cabeça sofrem de cefaleia crônica diária. Em 80% dos casos, são pessoas que inicialmente tinham enxaqueca e, progressivamente, as crises passaram a ser mais frequentes. É o que se chama de enxaqueca transformada6.

O processo de evolução da enxaqueca para cefaleia crônica diária pode ser engatilhado por uma série de fatores. Entre eles, o abuso de medicamentos analgésicos é especialmente preocupante, pois é observado em cerca de 80% dos pacientes. A depressão e a ansiedade também se destacam. Outros gatilhos são hipertensão, reposição hormonal feminina, estresse e apneia do sono6.

Cefaleia em salvas

Esse é um tipo de dor de cabeça que, muitas vezes, é confundido com enxaqueca, mas trata-se de outra condição7.

A cefaleia em salvas ainda é uma doença pouco comum e pouco falada, embora seus sinais sejam bem característicos7. A dor, nesse caso, é ao redor dos olhos e sempre do mesmo lado. Desse lado também há lacrimejamento no olho, pupila dilatada e o nariz pode ficar entupido7,8.

E toda essa dor é muito intensa7. Ela vem em crises, os períodos de salvas, daí o nome da condição8. Saiba mais sobre cefaleia em salvas, como são os períodos de crise e formas de tratamento.

Cefaleias secundárias

Depois de entender o que é cefaleia primária e as principais dores desse tipo, voltamos às cefaleias secundárias, aquelas causadas por outras doenças.

A Sociedade Brasileira de Cefaleia destaca os casos mais comuns de cefaleias secundárias aqueles relacionados a quadros de3:

  • acidente vascular cerebral3;
  • tumores de sistema nervoso central3;
  • trombose venosa cerebral3;
  • ruptura de aneurisma e aumento da pressão intracraniana3.

Como diferenciar os tipos de dor de cabeça?

Como vimos até aqui, as diferentes dores de cabeça apresentam diferentes características. Ou seja, prestar atenção em como é a sua dor pode ser uma forma de entender de qual tipo é a sua cefaleia.

Além disso, é sempre indicado buscar ajuda médica4. Um neurologista, por exemplo, pode avaliar seu quadro, entender os gatilhos para sua dor e indicar os melhores tratamentos para cefaleia.

Qual é o melhor tratamento para dor de cabeça?

O melhor remédio para dor de cabeça será definido pelo médico, após avaliar seu quadro. Há alguns caminhos que podem ser seguidos, de acordo com a orientação médica.

O analgésico é o remédio para dor de cabeça mais utilizado devido a sua atuação inibidora da dor. Anti-inflamatórios não esteroides também são frequentemente usados6.

Uma medicação que pode ser utilizada para casos de cefaleia tensional é Dorflex, que possui dipirona monoidratada, citrato de orfenadrina e cafeína anidra na fórmula. O medicamento é indicado no alívio da dor associada a contraturas musculares, incluindo dor de cabeça tensional9.

Outros tipos de dor de cabeça, como é o caso da enxaqueca, por exemplo, podem ser abordadas com Dorflex Uno, um medicamento analgésico à base de dipirona11, que traz alívio contra dor de cabeça e enxaqueca12.

Em crises graves, é possível recorrer aos medicamentos triptanos, porém o uso deve ser limitado a menos de 10 dias por mês10.

Ainda há o tratamento preventivo, que envolve antidepressivos, anticonvulsivantes e bloqueadores dos canais de cálcio, mas é ele mais complexo e indicado em quadros específicos5, em que a doença tem efeitos consideráveis no comprometimento da qualidade de vida12.

Entretanto, o uso de medicamento deve ser feito com cautela e sob orientação médica. Quando falamos da cefaleia crônica diária, o abuso de analgésicos pode ser o grande causador do problema3,6. Mais uma vez, consulte um médico para saber qual o melhor remédio para dor de cabeça e o melhor tratamento para seu caso.

Algumas medidas que não envolvem remédios podem ser bem-vindas. Em casos leves de enxaqueca, vale apostar em6:

  • compressão das artérias temporais6;
  • aplicação de gelo ou spray gelado na têmpora6;
  • escalda-pés quente associado a uma toalha fria na cabeça6;
  • banho de contraste (tomar um quente e em seguida um frio)6;
  • inalação de oxigênio6;
  • respiração em saco plástico de 5 a 8 minutos6;
  • indução de sono sem medicamentos para o caso das crianças6.

Veja também como a massagem pode ajudar em casos de dores de cabeça, benefícios da acupuntura para a dor e até sugestões de chá que podem aliviar certos tipos de dores de cabeça.

Busque entender os gatilhos para sua enxaqueca e, diante disso, tente seguir algumas dicas para evitar as crises, como já descrevemos neste artigo.

No final do dia, lembre-se que sentir dor não é normal, como já mencionamos aqui. Se a dor de cabeça persistir ou atrapalhar sua rotina, o melhor caminho é procurar um médico. Cuide-se e viva sem dor.

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Referências:

[1] Monteiro JMP. Cefaleias primárias: Causas e consequências. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. Disponível em: https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10266/10002. Acesso em 17 de maio de 2023.

[2] Stovner LJ, Hagen K, Jensen R, Katsarava Z, Lipton R, Scher A, et al. The global burden of headache: a documentation of headache prevalence and disability worldwide. Blackwell Publishing Ltd Cephalalgia. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17381554/. Acesso em 17 de maio de 2023.

[3] Esmanhotto B. Tipos de dores de cabeça. Sociedade Brasileira de Cefaleia. Disponível em https://www.sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=363. Acesso em 22 de maio de 2023.

[4] Ter dor de cabeça é comum, mas não é normal. Sociedade Brasileira de Cefaleia. Disponível em https://sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=2. Acesso em 22 de maio de 2023.

[5] Sociedade Brasileira de Cefaleia. Perguntas e Respostas em Cefaleias. Disponível em: https://sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=7. Acesso em 10 de julho de 2023.

[6] Sanvito WL, Monzillo PH. Cefaléias primárias: aspectos clínicos e terapêuticos. Medicina (Ribeirão Preto). Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/6798/8267. Acesso em 17 de maio de 2023.

[7] 21 de março - Dia internacional da cefaleia em salvas. Academia Brasileira de Neurologia. Disponível em https://www.abneuro.org.br/2022/03/21/21-de-marco-dia-internacional-de-conscientizacao-da-cefaleia/. Acesso em 11 de maio de 2023.

[8] Rocha CFB, Silva KB, Tavares RM, et al. Cefaleia em salvas: uma cefaleia desafiante. Revista Médica de Minas Gerais. Disponível em: https://rmmg.org/artigo/detalhes/599. Acesso em 04 de maio de 2023.

[9] Bula. Dorflex. Disponível em https://www.dorflex.com.br/src/img/media/bula_dorflex.pdf. Acesso em 22 de maio de 2023.

[10] Ruschel MAP, De Jesus O. Migraine Headache. StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL). Dispionível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK560787/. Acesso em 22 de maio de 2023.

[11] Bula. Dorflex Uno. Disponível em https://www.dorflex.com.br/src/img/media/bula_dorflexUNO.pdf. Acesso em 22 de maio de 2023.

[12] Tulunay et al. The efficacy and safety of dipyrone (Novalgin) tablets in the treatment of acute migraine attacks: a double-blind, cross-over, randomized, placebo-controlled, multi-center study. Funct Neurol. 2004 Jul- Sep;19(3):197-202; Malvar Ddo C, et al. The antipyretic effect of dipyrone is unrelated to inhibition of PGE(2) synthesis in the hypothalamus. Br J Pharmacol. 2011;162(6):1401‐1409; A dipirona 1 g possui ação analgésica inclusive em enxaqueca.

[13] Malvar Ddo C, et al. The antipyretic effect of dipyrone is unrelated to inhibition of PGE(2) synthesis in the hypothalamus. Br J Pharmacol. 2011;162(6):1401‐1409. 4. de Araújo CM, Barbosa IG, Lemos SMA, Domingues RB, Teixeira AL. Cognitive impairment in migraine: A systematic review. Dement Neuropsychol. 2012;6(2):74–79. 5. Chagas OFP et al. Study of the use of analgesics by patients with headache at a specialized outpatient clinic (ACEF). Arq Neuropsiquiatr 2015;73(7):586-592.

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