Uma das causas mais frequentes de dor crônica é a tensão muscular, condição que pode implicar perda na qualidade de vida.1 Estima-se que entre 60% a 85% da população já sentiu dor nas costas de origem muscular em algum momento da vida. Mas, apesar de ser uma condição comum, a compreensão das suas causas ainda é inconsistente.2 O mesmo pode ser dito sobre a relação entre tensão muscular, dor na nuca e na cabeça. Entenda como é a associação entre esses sintomas!
A tensão muscular cervical pode causar dor de cabeça e na nuca
Lesões musculares, estresse e má postura podem levar ao aparecimento de nódulos sensíveis na região cervical, área que inclui pescoço, nuca e parte superior dos ombros. Esses nódulos, chamados de pontos-gatilho, são resultantes da tensão muscular e podem provocar dor na nuca e na cabeça.1 3 4
A dor de cabeça tensional, também chamada de cefaleia de contração muscular, tem em suas origens contrações musculares prolongadas. Essas contrações implicam na redução do fluxo sanguíneo e de oxigênio e, consequentemente, na sensação de dor.5
O que produz a dor muscular
Sob condições adversas, como o estresse, os músculos respondem a estímulos de terminações nervosas - os nociceptores - que têm a função de sensibilizar a região muscular. Por isso, estímulos que normalmente não seriam percebidos como dolorosos passam a causar dor e estímulos normalmente dolorosos causam dores ainda mais intensas (hiperalgesia).2
Torcicolo: o que fazer?
O torcicolo é uma patologia muscular caracterizada por contrações involuntárias do pescoço que causam movimentos ou posturas anormais na cabeça. As causas associadas a essa condição são pouco conhecidas, mas acredita-se que a atividade aumentada dos músculos cervicais tenha relação com o seu aparecimento.6
Além das contrações musculares do pescoço, esse problema pode causar outros sintomas, como atividade anormal dos músculos posteriores, como nas escápulas. O queixo também pode estar desalinhado para o lado esquerdo ou direito, para frente ou para trás.6
O tratamento do torcicolo deve ser feito sob supervisão de um fisioterapeuta e pode incluir tração e manipulação cervical, técnicas de estiramento da musculatura e acupuntura. Já as alternativas farmacológicas mais eficazes incluem o uso de anticolinérgicos e benzodiazepínicos.6 Além disso, a injeção de toxina botulínica nos pontos de contrações involuntárias tem se mostrado eficiente no manejo do torcicolo, principalmente nos casos acompanhados de dor.6 7 Por fim, é importante lembrar que qualquer tratamento medicamentoso deve ser feito sob supervisão médica.
Você sabia?
A enxaqueca pode afetar gravemente sua qualidade de vida e impedi-lo de realizar suas atividades diárias normais.6
Algumas pessoas acham que precisam ficar na cama por dias seguidos, mas vários tratamentos eficazes estão disponíveis para reduzir os sintomas e evitar novas crises de enxaqueca. Converse com o seu médico.6
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[1] Morim CDGSC. Tensão miálgica. Universidade do Porto, 2015. Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Medicina submetida ao Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto. - Consultado em 25/01/2021
[2]Mense S. Muscle Pain: Mechanisms and Clinical Significance. Dtsch Arztebl Int. 2008 Mar; 105(12): 214–219. - Consultado em 25/01/2021
[3] Carvalho DS. Síndrome da cefaléia cervicogênica. Rev. Neurociências. 2001. 9(2): 57-59. - Consultado em 25/01/2021
[4] Monteiro LRS, Mejia DPM. O tratamento da cefaléia de origem tensional através da técnica e ponto gatilho. Pós-graduação de Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual. - Consultado em 26/01/2021
[5] Cruz MC, Cruz LC, Cruz MCC, Camargo RP. Cefaleia do Tipo Tensional: revisão de literatura. Arch Health Invest. Fev 2017. 6(2): 53-58. - Consultado em 26/01/2021
[6] Carvalho AF, Barros EMKP, Oliveira RP, Filho TEPB. Torcicolo espasmódico: revisão de literatura e atualização. Rev Bras Ortop. Fevereiro 1997. 32(2): 109-113 - Consultado em 26/01/2021
[7] Teixeira SCM, Alencar R, Teixeira GPC. Toxina Botulínica no Tratamento do Torcicolo Espasmódico. Arq Neuropsiquiatr. 1994. 52(2): 268-272. - Consultado em 26/01/2021
Atualização do site: Janeiro/2022