Dor de cabeça não é uma coisa só. Na verdade, existem diversos tipos de dor de cabeça que se diferenciam na maneira em que o incômodo se manifesta e também no tratamento recomendado. É por isso que o diagnóstico correto é tão importante.1Antes de perguntar qual é o melhor remédio para dor de cabeça, é preciso identificar em qual classificação a dor que você sente se encaixa. Siga a leitura para entender melhor sobre os tipos de dor de cabeça e seus respectivos tratamentos!

Mas afinal, o que é a Dor de Cabeça? Entenda

A dor de cabeça é um dos distúrbios mais comuns do sistema nervoso.2 É definida como uma sensação de desconforto ou dor localizada nas regiões do crânio e da face. Apesar de causar sofrimento e incapacitação, o problema ainda é pouco valorizado no meio clínico, o que pode resultar em diagnósticos e tratamentos inadequados.1 A extensão dos possíveis danos e distúrbios causados pelas dores de cabeça ainda são pouco reconhecidos pelos estudos e pela prática médica.2 Portanto, enfatizamos que assim como qualquer outra doença, a dor de cabeça deve ter sua epidemiologia devidamente avaliada.1

Os principais tipos de dor de cabeça

Os mais de 100 tipos de dor de cabeça são divididos em dois grandes grupos: o grupo das cefaleias primárias, que não são causadas por outras doenças, e o das secundárias, que são sintomas de outras patologias.1 3 E não para por aí. Cada tipo de dor de cabeça é mais uma vez subdividido de acordo com a frequência e a duração do incômodo. São três perfis: o agudo, que evolui em horas, o subagudo e progressivo, que evolui em semanas, e o crônico, que evolui em meses e anos.1

Dados apontam que os tipos de dor de cabeça mais prevalentes na população adulta mundial são: 46% para cefaleias em geral, 42% para cefaleia tensional, 11% para enxaqueca e 3% para cefaleia crônica diária.2 Portanto, vamos aprofundar nas especificidades e tratamentos para esses três tipos. Aqui, vale reiterar a importância de procurar um médico para o diagnóstico e tratamento adequados para o seu caso.

Cefaleia tensional é a dor de cabeça mais comum

A dor de cabeça tensional é sentida como forma de pressão ou aperto que afeta os dois lados da cabeça na maioria dos casos e com intensidade que varia de leve a moderada. Causada por tensão muscular e diminuição dos níveis de serotonina, é um incômodo ligado ao estresse e outras manifestações emocionais. 62% dos enxaquecosos também sofrem com a dor de cabeça tensional, mas diferentemente da enxaqueca, a cefaleia tensional não piora com exercícios físicos.3

O analgésico é o remédio para dor de cabeça mais utilizado devido a sua atuação inibidora da dor. Anti-inflamatórios não esteroides também são frequentemente usados. Especificamente para a dor de cabeça tensional, o uso de um relaxante muscular por períodos curtos também pode ser útil. Entre os procedimentos não medicamentosos para a cefaleia tensional estão técnicas relaxamento para alívio do estresse e da tensão muscular, como massagens, banhos quentes de imersão, yoga e meditação.3

Conheça os principais sintomas de enxaqueca

A enxaqueca é uma dor unilateral, pulsátil, de intensidade moderada a intensa e que provoca crises que duram de quatro a 72 horas. Há um subtipo, chamado de enxaqueca com aura, que causa principalmente manifestações visuais, como flashes de luz, traçados em zigue-zague ou visão com pouca nitidez, em cerca de 10% a 15% dos pacientes com enxaqueca.3

Entre os tipos de dor de cabeça, a enxaqueca causa uma maior preocupação médica por estar diretamente associada ao comprometimento da qualidade de vida do paciente. Isso porque ela pode vir acompanhada de sintomas psicológicos, que incluem irritabilidade, ansiedade, depressão, distúrbios do sono, esgotamento mental, queda de produtividade e diminuição da concentração. Desconfortos gastrointestinais, como vômito e náuseas, também são comuns.3

Saiba o que é bom para enxaqueca!

O tratamento agudo da enxaqueca adota o uso de anti-inflamatórios não esteroides em casos mais brandos. Em crises graves, é possível recorrer aos medicamentos triptanos, mas o uso deve ser limitado a menos de 10 dias por mês. O tratamento preventivo envolve antidepressivos, anticonvulsivantes e bloqueadores dos canais de cálcio, mas é mais complexo e indicado em quadros mais complicados, em que a doença tem efeitos consideráveis no comprometimento da qualidade de vida.4

O excesso de medicamentos, definido pelo consumo de analgésicos ou ergotamina mais de três vezes por semana, é um dos principais fatores para o agravamento da enxaqueca e, portanto, deve ser evitado. O problema pode levar a um quadro de cefaleia crônica diária, que é explicada a seguir. Por isso, o tratamento para enxaqueca deve ser sempre acompanhado de perto por um especialista.3

Há ainda medidas não farmacológicas para o tratamento da enxaqueca. A prática regular de exercícios físicos, uma boa rotina de sono e uma alimentação regular aumentam a sensação de bem-estar dos enxaquecosos. Uma prática adicional benéfica é controlar o consumo de alimentos que podem desencadear crises, como chocolate, queijos, embutidos, bebidas alcoólicas e cafeína.4 5 6

Cefaleia crônica diária é uma evolução grave da enxaqueca

A classificação da cefaleia crônica diária é complexa e ela não está entre os vários tipos de dor de cabeça reconhecidos pela International Headache Society. Apesar disso, existe um consenso sobre sua caracterização clínica na literatura especializada. A cefaleia crônica diária combina características da dor de cabeça tensional e da enxaqueca, com crises diárias ou quase diárias. Cerca de 35% a 45% dos pacientes que procuram ajuda médica para tratar dor de cabeça sofrem de cefaleia crônica diária. Em 80% dos casos, são pessoas que inicialmente tinham enxaqueca e, progressivamente, as crises passaram a ser mais frequentes. É o que se chama de enxaqueca transformada.3

O processo de evolução da enxaqueca para cefaleia crônica diária pode ser engatilhado por uma série de fatores. Entre eles, o abuso de medicamentos analgésicos é especialmente preocupante e é observado em cerca de 80% dos pacientes. A depressão e a ansiedade também se destacam. Outros fatores são hipertensão, reposição hormonal feminina, estresse e apneia do sono.3

Falar de um remédio para dor de cabeça com o diagnóstico de cefaleia crônica diária é um pouco diferente, uma vez que o abuso de analgésicos pode ser o grande causador do problema. Pacientes que se encaixam nesse perfil devem obrigatoriamente suspender o uso de analgésicos para obter uma resposta melhor ao tratamento indicado pelo médico. Essa pode ser uma fase difícil de piora temporária das crises, com a chamada cefaleia rebote. Porém, cerca de 20% dos pacientes têm uma melhora no quadro de cefaleia crônica diária apenas com a interrupção do consumo de analgésicos.3

Quem permanece com o problema pode recorrer a outras medidas: o tratamento da cefaleia crônica diária pode ser iniciado com o uso diário de anti-inflamatórios não hormonais pelo período máximo de duas semanas. Depois, podem ser prescritos antidepressivos tricíclicos e betabloqueadores, nas mesmas doses usadas para o tratamento de enxaquecas.3

MAT-BR-2104036

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