
A dor muscular é uma queixa extremamente comum, afetando a maioria das pessoas em algum momento da vida.1
Para muitas pessoas que convivem com esse desconforto, encontrar uma solução eficaz é uma prioridade para seguir em frente com a rotina. É nesse contexto que surgem os relaxantes musculares, medicamentos desenvolvidos para ajudar no tratamento de sintomas relacionados aos músculos.2
Esses produtos atuam diretamente no sistema nervoso, bloqueando os impulsos ou as sensações de dor que o cérebro recebe, resultando no relaxamento dos músculos e na redução da dor aguda.3
Existem diversos tipos de relaxantes musculares que funcionam de maneiras diferentes, por isso é fundamental conversar com um profissional de saúde sobre os riscos e benefícios de cada um.2
Neste guia, vamos descomplicar o assunto e te ajudar a entender melhor como esses medicamentos podem ser seus parceiros no alívio da tensão.
O que é um relaxante muscular e como ele age no corpo?
Para entender como um relaxante muscular funciona, primeiro é preciso saber que o termo se refere a duas classes principais de medicamentos, cada um com usos e mecanismos de ação diferentes.2
Quando um músculo dói, isso acontece porque receptores específicos enviam um sinal de alerta ao nosso cérebro, comunicando que algo não está certo.1 É nesse sistema de comunicação que os relaxantes musculares atuam.2 A função da maioria deles é "desacelerar" o sistema nervoso central — que é como se fosse a central de comando do corpo —, num processo conhecido por deprimir esse sistema.2
Tipos de relaxantes musculares e suas indicações
Os relaxantes musculares podem ser do tipo antiespasmódicos, que agem no cérebro e na medula espinhal para diminuir os espasmos e são frequentemente prescritos para dores musculoesqueléticas e dores miofasciais, como a dor lombar e os espasmos musculares.2 De forma mais simples, medicamentos como a orfenadrina ou a ciclobenzaprina podem ser indicados para tratar dor muscular causada por contraturas.3
Os relaxantes musculares também podem ser do tipo antiespásticos que são indicados principalmente para tratar a espasticidade, uma condição que causa contração muscular contínua devido a danos nos nervos do cérebro ou da medula espinhal.2 Essa condição pode ser resultado de paralisia cerebral, esclerose múltipla, AVC, lesões na cabeça ou na medula, e esclerose lateral amiotrófica (ELA).2 Eles atuam diretamente nos músculos esqueléticos ou na medula espinhal para melhorar a rigidez e as contrações involuntárias.2
Relaxante muscular forte: quando é indicado?
Alguns relaxantes musculares, como o carisoprodol e o diazepam, são substâncias controladas.2 Isso significa que eles possuem um potencial de dependência e podem causar sintomas de abstinência se o uso for interrompido abruptamente.2
Por essa razão, esses medicamentos não costumam ser a primeira opção para o tratamento da dor ou dos espasmos.2 Geralmente, eles são considerados uma terapia alternativa, para quando os tratamentos de primeira ou segunda linha não apresentam o resultado esperado, sempre sob estrita orientação médica devido aos seus efeitos adversos e potencial de dependência.2
Relaxantes musculares de venda livre
No Brasil, é comum que as opções de relaxantes musculares disponíveis sem receita médica sejam, na verdade, formulações combinadas, associando o princípio ativo principal a outras substâncias que ajudam a potencializar o efeito relaxante.3
Entre os componentes frequentemente adicionados estão analgésicos, como a dipirona e o paracetamol, e a cafeína, que também contribui para intensificar a ação relaxante.3
Mesmo que muitos deles não exijam receita, é fundamental que o uso desses medicamentos seja feito com indicação médica, apenas por adultos e pelo tempo de tratamento estabelecido pelo profissional.3

O que é bom para dor muscular além dos medicamentos?
Além do uso de medicamentos, existem diversas outras abordagens que podem ser muito eficazes para aliviar e prevenir a dor muscular.4, 5, 6
A fisioterapia, por exemplo, demonstrou em estudos ter um efeito positivo e clinicamente relevante na redução da dor em adultos.4 O alongamento é outra prática fundamental, pois além de ser uma atividade prazerosa e relaxante, ajuda a melhorar a flexibilidade, diminuir dores musculares e evitar lesões.5 Terapias com calor ou frio também são aliadas importantes, e a escolha entre uma e outra depende se a dor é recente ou persistente.6
Terapias com calor e frio
O gelo é a melhor opção para lesões recentes, pois a baixa temperatura contrai os vasos sanguíneos, ajudando a anestesiar a dor, aliviar a inflamação e limitar os hematomas.6
É a escolha ideal para uma entorse ou uma pancada forte, devendo ser aplicado o mais rápido possível para melhores resultados.6
Por outro lado, o calor é mais indicado para problemas persistentes.6 Ele aumenta o fluxo sanguíneo, relaxa os músculos tensos e acalma as partes doloridas do corpo, sendo ótimo para nós musculares causados por estresse ou esforço excessivo.6
Como regra geral, tanto a aplicação de gelo quanto a de calor devem ser limitadas a sessões de 10 a 15 minutos, não ultrapassando 20 minutos, sempre protegendo a pele com um pano.6

A importância da fisioterapia e dos alongamentos
Praticar alongamentos regularmente é uma ótima maneira de manter ou desenvolver a flexibilidade.5 Manter e restaurar o equilíbrio de músculos, tendões e ligamentos é um dos principais benefícios do alongamento, que por isso é considerado uma das categorias de exercícios físicos mais importantes que podem ser prescritas para esse fim.5
Estudos mostram que exercícios terapêuticos, quando bem orientados, tendem a ser muito benéficos para tratar dores musculoesqueléticas.4
Para tornar a prática mais agradável, a dica é se alongar de forma relaxada.5 Nunca é tarde para começar, e colocar uma música pode deixar o momento ainda melhor.5
Cuidados e orientação profissional no uso de relaxantes musculares
O uso racional de medicamentos, definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), acontece quando os pacientes recebem o tratamento adequado para suas necessidades, na dose correta, pelo tempo necessário e com o menor custo possível.7
Quando um desses fatores não é seguido, o uso pode se tornar irracional ou inadequado, o que representa um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.7
A automedicação, por exemplo, é um risco, e uma pesquisa recente do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) revelou que 86% dos brasileiros admitem tomar medicamentos sem prescrição.8 Esse hábito pode mascarar doenças graves e atrasar o diagnóstico e o tratamento adequados.8
Por isso, é fundamental buscar orientação profissional para encontrar o tratamento certo para suas dores.8
Cuidado consciente: o caminho para o alívio seguro
Entender como aliviar a tensão e a dor muscular é o primeiro passo para recuperar o bem-estar.
Como vimos, a dor muscular é uma queixa que afeta grande parte da população1 e que os relaxantes musculares são uma ferramenta importante no alívio, agindo principalmente no sistema nervoso central para diminuir espasmos e a sensação de dor.2,3
No entanto, o caminho para o alívio não depende apenas de medicamentos. Práticas como o alongamento regular são essenciais para manter a flexibilidade e ajudar a prevenir futuras lesões.5 Além disso, a fisioterapia se mostra uma aliada eficaz na redução da dor musculoesquelética.4
Medidas simples, como a aplicação de compressas quentes para relaxar a musculatura ou frias para diminuir a inflamação de lesões agudas, também fazem uma grande diferença no dia a dia.6
Acima de tudo, o mais importante é a busca por um cuidado seguro e responsável. Por isso, antes de tomar qualquer decisão, converse com um médico ou farmacêutico. Eles são os profissionais que podem te ajudar a traçar o melhor plano para você vencer a dor e seguir em frente.
Conteúdo gerado usando inteligência artificial.
07/2025. MAT-BR-2503661.
Artigos Recomendados
-
- 1. Mense S. Muscle Pain: Mechanisms and Clinical Significance. Dtsch Arztebl Int. 2008;105(12):214-9. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC2696782/pdf/Dtsch_Arztebl_Int-105-0214.pdf. Acesso em: 24 jul. 2025.
- 2. Cleveland Clinic. Muscle Relaxers: What They Are, Uses, Side Effects & Types. Publicado em 2023. Disponível em: https://my.clevelandclinic.org/health/treatments/24686-muscle-relaxers. Acesso em: 24 jul. 2025.
- 3. Costa F. 6 melhores remédios relaxantes musculares. Tua Saúde. Publicado em 2024. Disponível em: https://www.tuasaude.com/remedio-relaxante-muscular/. Acesso em: 24 jul. 2025.
- 4. Ginnerup-Nielsen E, Christensen R, Thorborg K, et al. Physiotherapy for pain: a meta-epidemiological study of randomised trials. Br J Sports Med. 2016;50:965-71. Disponível em: https://bjsm.bmj.com/content/bjsports/50/16/965.full.pdf?utm_source=consensus. Acesso em: 24 jul. 2025.
- 5. Ministério da Saúde. Alongamento é bom antes e depois da atividade física. Publicado em 2018. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-exercitar/noticias/2018/alongamento-e-bom-antes-e-depois-da-atividade-fisica. Acesso em: 24 jul. 2025.
- 6. Cleveland Clinic. Ice vs. Heat: Which Is Better for Your Pain?. Publicado em 2025. Disponível em: https://health.clevelandclinic.org/should-you-use-ice-or-heat-for-pain-infographic. Acesso em: 24 jul. 2025.
- 7. Ministério da Saúde. Uso Racional de Medicamentos. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/daf/uso-racional-de-medicamentos. Acesso em: 24 jul. 2025.
- 8. Conselho Federal de Farmácia. Pesquisa revela que 9 entre 10 brasileiros se automedicam. Publicado em 2024. Disponível em: https://site.cff.org.br/noticia/Noticias-gerais/23/04/2024/pesquisa-revela-que-9-entre-10-brasileiros-se-automedicam. Acesso em: 24 jul. 2025.